Últimos assuntos
Tópicos mais visitados
PREVENÇÃO DE LESÃO EM ATLETAS CORREDORES
:: Discussão Geral :: OrtoNews
Página 1 de 1
29042012
PREVENÇÃO DE LESÃO EM ATLETAS CORREDORES
Olá amigos,
Muito vezes perguntamos quais as formas de diminuir os riscos de lesão no esporte. Diversas maneiras são propostas na prática como alongamento, fortalecimentos muscular, condicionamento, uso de equipamentos, modificação da metodologia de treinamento, treinos funcionais dentre outros. No entanto, existem poucas evidências científicas que embasem a adoção dessas intervenções.
A revisão sistemática realizada por Yeung SS, Yeung EW, Gillespie LD. que avaliaram 25 estudos (30.252 participantes) abordando principalmente 4 categorias de intervenção: exercício, modificação do treinamento, uso de órteses e calçados e meias.
Nos resultados não foi encontrada nenhuma evidência de que o alongamento reduz a incidência de lesões do tecido mole nos membros inferiores (6 ensaios; 5130 participantes; risco relativo[RR] 0,85, intervalo de confiança de 95% [95% CI] 0,65-1,12).
Não encontraram nenhuma evidência para apoiar um regime de treinamento de exercícios de condicionamento para melhorar a força, flexibilidade e coordenação (um artigoo; 1020 participantes; RR 1,20, IC 95% 0,77-1,87). Houve alguma evidência de um estudo de má qualidade que o treinamento adicional resultou em um aumento significativo de lesões na tíbia em recrutas navais (um ensaio; 1670 participantes; RR 2,02, IC 95% 1,11-3,70).
Houve poucas evidências de que a duração (um artigo; 69 participantes; RR 0,41, IC 95% 0,21-0,79) ou a frequencia poderiam diminuir o número de lesões (um artigo; 58 participantes; RR 0,19, IC 95% 0,06-0,66). O uso de palmilhas mostrou ser mais eficaz na prevenção da dor patelofemoral (dois ensaios; 227 participantes; RR 0,41, IC 95% 0,24-0,67) e na síndrome de estresse tibial em recrutas militares (um artigo; 146 participantes,. RR 0,24, IC 95% 0,08-0,69)
Não foram encontradas nenhuma evidência em recrutas militares que usar tênis de corrida, conforme a forma do pé, em vez de padrão tênis, diminui a taxa de lesões de corrida (2 ensaios; 5795 participantes, razão de taxa de 1,03, IC 95% 0,93-1,14).
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21735382
Muito vezes perguntamos quais as formas de diminuir os riscos de lesão no esporte. Diversas maneiras são propostas na prática como alongamento, fortalecimentos muscular, condicionamento, uso de equipamentos, modificação da metodologia de treinamento, treinos funcionais dentre outros. No entanto, existem poucas evidências científicas que embasem a adoção dessas intervenções.
A revisão sistemática realizada por Yeung SS, Yeung EW, Gillespie LD. que avaliaram 25 estudos (30.252 participantes) abordando principalmente 4 categorias de intervenção: exercício, modificação do treinamento, uso de órteses e calçados e meias.
Nos resultados não foi encontrada nenhuma evidência de que o alongamento reduz a incidência de lesões do tecido mole nos membros inferiores (6 ensaios; 5130 participantes; risco relativo[RR] 0,85, intervalo de confiança de 95% [95% CI] 0,65-1,12).
Não encontraram nenhuma evidência para apoiar um regime de treinamento de exercícios de condicionamento para melhorar a força, flexibilidade e coordenação (um artigoo; 1020 participantes; RR 1,20, IC 95% 0,77-1,87). Houve alguma evidência de um estudo de má qualidade que o treinamento adicional resultou em um aumento significativo de lesões na tíbia em recrutas navais (um ensaio; 1670 participantes; RR 2,02, IC 95% 1,11-3,70).
Houve poucas evidências de que a duração (um artigo; 69 participantes; RR 0,41, IC 95% 0,21-0,79) ou a frequencia poderiam diminuir o número de lesões (um artigo; 58 participantes; RR 0,19, IC 95% 0,06-0,66). O uso de palmilhas mostrou ser mais eficaz na prevenção da dor patelofemoral (dois ensaios; 227 participantes; RR 0,41, IC 95% 0,24-0,67) e na síndrome de estresse tibial em recrutas militares (um artigo; 146 participantes,. RR 0,24, IC 95% 0,08-0,69)
Não foram encontradas nenhuma evidência em recrutas militares que usar tênis de corrida, conforme a forma do pé, em vez de padrão tênis, diminui a taxa de lesões de corrida (2 ensaios; 5795 participantes, razão de taxa de 1,03, IC 95% 0,93-1,14).
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21735382
PREVENÇÃO DE LESÃO EM ATLETAS CORREDORES :: Comentários
Já tinha escutado diversas vezes que o chamado "aquecimento", quando bem feito, supera em muito os benefícios do alongamento,
mas nunca tinha visto nenhum artigo que defendesse a ineficácia do alongamento.
Henrique Padilha
Ps: acabo de entrar no site e já estou com várias páginas abertas com postagens interessantes, parabéns!
mas nunca tinha visto nenhum artigo que defendesse a ineficácia do alongamento.
Henrique Padilha
Ps: acabo de entrar no site e já estou com várias páginas abertas com postagens interessantes, parabéns!
Olá Henrique,
Muito obrigado pelo elogio, mas essa é uma página para nós debatermos então ela é construída por todos nós.
Com relação a sua colocação sobre o alongamento e prevenção, encaminho mais um artigo Stretching and Injury Prevention in Football: Current Perspectives publicado em 2011 na Research in Sports Medicine: An International Journal.
No fim do estudo os autores concluíram o seguinte:
"At this point, it is not clear which stretching practices are effective for injury prevention. Consequently, no scientifically based prescription for stretching exercises exists and no conclusive statements can be made about the relationship of stretching and football injuries. Stretching recommendations in common practice are clouded by misconceptions and aremostly based on unsystematic observations. Many of the proposed stretching methods and their relationship with specific types of injury in football demand further studies using stronger methodological quality. Finally, investigators should take into account the insights obtained from the basic and possibly experimental science literature in order to improve study methods and outcome measure selection."
Outros trabalhos falam o seguinte:
With respect to the effect of pre-participation stretching on injury risk, the epidemiological studies show that pre-participation stretching in addition to warm-up will have no impact on injury risk during activities where there is a preponderance of overuse injuries (van Mechelen et al., 1993; Pope et al., 1998, 2000). However, it should be noted that the stretching interventions applied in these studies may have been insufficient to induce an acute change in the viscoelastic properties of the muscles being stretched. There is some evidence to indicate that pre-participation stretching does reduce the risk of muscle strains (Ekstrand et al., 1983; Bixler & Jones, 1992; Amako et al., 2003; Hadala & Barrios, 2009).
Então, não existe ainda uma definição, mas muitos apontam para ausência de comprovações para prevenção de lesões.
Segue o artigo em anexo e o link de outro.
Abraços e boa leitura.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1600-0838.2009.01058.x/pdf
Muito obrigado pelo elogio, mas essa é uma página para nós debatermos então ela é construída por todos nós.
Com relação a sua colocação sobre o alongamento e prevenção, encaminho mais um artigo Stretching and Injury Prevention in Football: Current Perspectives publicado em 2011 na Research in Sports Medicine: An International Journal.
No fim do estudo os autores concluíram o seguinte:
"At this point, it is not clear which stretching practices are effective for injury prevention. Consequently, no scientifically based prescription for stretching exercises exists and no conclusive statements can be made about the relationship of stretching and football injuries. Stretching recommendations in common practice are clouded by misconceptions and aremostly based on unsystematic observations. Many of the proposed stretching methods and their relationship with specific types of injury in football demand further studies using stronger methodological quality. Finally, investigators should take into account the insights obtained from the basic and possibly experimental science literature in order to improve study methods and outcome measure selection."
Outros trabalhos falam o seguinte:
With respect to the effect of pre-participation stretching on injury risk, the epidemiological studies show that pre-participation stretching in addition to warm-up will have no impact on injury risk during activities where there is a preponderance of overuse injuries (van Mechelen et al., 1993; Pope et al., 1998, 2000). However, it should be noted that the stretching interventions applied in these studies may have been insufficient to induce an acute change in the viscoelastic properties of the muscles being stretched. There is some evidence to indicate that pre-participation stretching does reduce the risk of muscle strains (Ekstrand et al., 1983; Bixler & Jones, 1992; Amako et al., 2003; Hadala & Barrios, 2009).
Então, não existe ainda uma definição, mas muitos apontam para ausência de comprovações para prevenção de lesões.
Segue o artigo em anexo e o link de outro.
Abraços e boa leitura.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1600-0838.2009.01058.x/pdf
- Anexos
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
Ter Ago 28, 2012 4:54 pm por Felipe Reis
» DIFERENÇA NO CÓRTEX FEMININO - Hermunculos??
Seg Jul 23, 2012 9:17 pm por Felipe Reis
» DOR LOMBAR: O QUE DEVEMOS TRATAR?
Seg Jul 23, 2012 9:02 pm por Felipe Reis
» THRUST CERVICAL OU NÃO? QUANDO ESCOLHER?
Seg Jul 23, 2012 8:57 pm por Felipe Reis
» RELAÇÃO TERAPEUTA-PACIENTE
Seg Jul 09, 2012 11:11 pm por Felipe Reis
» PRESCRIÇÃO DE CALÇADOS PARA CORREDORES
Dom Jul 08, 2012 1:59 pm por Felipe Reis
» RESTRIÇÃO DO AM DO JOELHO - O QUE FAZER?
Qui Jul 05, 2012 1:43 pm por Felipe Reis
» DISFUNÇÃO FÊMUROPATELAR
Sex Jun 22, 2012 3:07 pm por Felipe Reis
» EVIDÊNCIAS SOBRE A MANIPULAÇÃO LOMBAR
Seg Jun 11, 2012 9:22 pm por Felipe Reis